Agora a torre desaba,
perante um olhar revestido de gotas salgadas como o mar.
Agora a campainha toca,
soando o ultimo adeus.
Agora a gaivota entoa o canto noutro local,
noutra árvore, noutro pedestral.
Agora o lobo uiva á lua que se foi,
um hino triste e amargo,
um grito que aclama algo cujo nome é desconhecido.
O que chamar quando a ausência de nome torna tentativas em falhas?
Não deves mais chamar quando a chama que ardia tão selvagicamente se apaga....
lentamente...
Levando com ela o que outrora certeza de belo esplendor ser.
Deixando somente cinzas, restos intangiveis espostos em terreno aberto para todo mundo ver.
Restias de fuligem fingem a quem não conhece igual.
Mas igual torna-se em espectro diferente e diferente em espelho do estranho.
Agora a criatura parte em busca desse espelho do real...
Agora o barco parte, deixando um rasto de lodo e pensamentos intrisecos levados por uma quente brisa matinal....
Minha Querida Helena (43)
Há 18 horas