segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mais uns dias.... Menos umas noites

Agora a torre desaba,
perante um olhar revestido de gotas salgadas como o mar.

Agora a campainha toca,
soando o ultimo adeus.

Agora a gaivota entoa o canto noutro local,
noutra árvore, noutro pedestral.

Agora o lobo uiva á lua que se foi,
um hino triste e amargo,
um grito que aclama algo cujo nome é desconhecido.

O que chamar quando a ausência de nome torna tentativas em falhas?
Não deves mais chamar quando a chama que ardia tão selvagicamente se apaga....
lentamente...

Levando com ela o que outrora certeza de belo esplendor ser.
Deixando somente cinzas, restos intangiveis espostos em terreno aberto para todo mundo ver.
Restias de fuligem fingem a quem não conhece igual.
Mas igual torna-se em espectro diferente e diferente em espelho do estranho.

Agora a criatura parte em busca desse espelho do real...
Agora o barco parte, deixando um rasto de lodo e pensamentos intrisecos levados por uma quente brisa matinal....