quinta-feira, 28 de abril de 2011

A esperança passou por aqui

Vai! Vai contar
que um dia a esperança passou por aqui.
Resistindo ao tempo,
resistindo à frustração dos anos passados,
vai para que também tu
não resultes aprisionado
por esta cadeia de fogos fátuos
que anunciam libertadores
que nos deixam cada dia mais prisioneiros
dos seus pequenos interesses,
e das ambições das suas cortes de amigos.
Vai. Foge desta terra de renegados
para que um dia também nós
possamos acordar e gritar liberdade!

(...)

When people discover a fragment of their soul in another, they discover love..."

domingo, 24 de abril de 2011

A traição das sinapses

Trai-me a propria memoria.
Egoista e fingida apenas regista o que lhe é querida.

Não Interessa, já não existe!
Há pressa?! Evaporou!

Trama previamente seu rei mas eu nunca a calei!
Fecha-me a porta a lembraças que nem riscar mencionei!

Sou esquecido? Não!

Já o Soube... Notas raptadas... já as toquei...

Rais e coriscos,
limpas rabiscos envoltos em picos do esquecimento...
Letras do momento devoras vorazmente o frio...Em penumbra... o alento!

E agora qur faço senão amar tais partidas ao inicio perdidas?
Ironia... que mania!

E questiono, qeustiono tão pura filosofia...

Só(mente)

Sorriu..
Perante desafios impossiveis,
Demandas crediveis,
Fantasticos indomaveis...

Atiças o animal zombie que jaz em mim...
Minha Epopeia de cetim...
Entrelaço cordeis,
amargos como lima,
Quente como poente.

Somente Tu, Somente Nós.

Artérias atas,
veias de pulsar se quebram em madeixas utópicas.

Sentido(me) apurado,
escalo Evareste em que te trasnformas-te.
Persigo a Foz.

Somente Tu, Somente Nós.

Sou alado,
Sou a Mão,
Eterno apaixonado
Doente de coração.

E sorriu, quase sem voz...

Somente Tu, Somente Nós.

Creio no infinito,
Quebro Basalto,
Quebro granito!
Despertando com tua ausência em sobressalto!

Aconchego-te em meu abraço de Albatroz.
Somente Tu, Somente Nós.

Somente a Ti, Somente para Ti.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fim Do Dia (no Lado Quente Da Saudade)

Esperei-te no fim de um dia cansado
À mesa do café de sempre
O fumo, o calor e o mesmo quadro
Na parede já azul poente

Alguém me sorri do balcão corrido
Alguém que me faz sentir
Que há lugares que são pequenos abrigos
Para onde podemos sempre fugir

Da tarde tão fria há gente que chega
E toma um café apressado
E há os que entram com o olhar perdido
À procura do futuro no avesso do passado

O tempo endurece qualquer armadura
E às vezes custa arrancar
Muralhas erguidas à volta do peito
Que não deixam partir nem deixam chegar

O escuro lá fora incendeia as estrelas
As janelas, os olhares, as ruas
Cá dentro o calor conforta os sentidos
Num pequeno reflexo da lua

Enquanto espero percorro os sinais
Do que fomos que ainda resiste
As marcas deixadas na alma e na pele
Do que foi feliz e do que foi triste

Sabe bem voltar-te a ver
Sabe bem quando estás ao meu lado
Quando o tempo me esvazia
Sabe bem o teu braço fechado

E tudo o que me dás quando és
Guarida junto à tempestade
Os rumos para caminhar
No lado quente da saudade