quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bizarra Melodia

Navegando no Crepusculo dourado,
vislumbro folha pairando, tombando!

Orvalho que escorre,
desperta apolo, seca, morre!

Ramos de inverno, Folhagem de primavera,
mante-se instinto, se protege a fera.

Um cantar estranho, semelhante sinfonia...
Abre-se pano, Cena 4, parte "gostaria"...
Máscara a postos, cinzento cor de "bom dia"...
Entra agora... Entra agora...
Minha Bizarra Melodia!

Palavras...

Andavam de mão dadas
Eram declamadas
Eram afectuosas
Eram... carinhosas.

Palavras bondosas
Eram formosas
Eram apaixonadas
Eram.... lentamente inaladas

Eram respeitadas
Eram devoradas
Eram consumidas
Eram... maltradadas

Eram ar...
.....eram calor...
.........Palavras...

Par de mãos abandonadas
Foram cuspidas
Foram torcidas
Foram... Destorcidas!

Foram-se com a paixão
Foram-se com o calor
Foram-se com a cor
Foram-se... rapidamente... demasiado rápido...

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Telescópio

bifurca-se coraçao e mente
ao sentimento pendente, resiliente... resplandecente
sou outrora nova urtiga, querendo despurga-la de vida
querendo abraça-la dentro de mim, querida...

torno-me lua, mirando de alto,
torno-me campo aberto, da devastação, areal..

voando para onde o tornado me deixar... tornando-me noite...

Observo a luz ao distante,
uma estrela que passou,
um cometa que faiscou...

brilho fusco... ofuscado
brilho turvo... queimado
brilho... cansado...
já tudo brilhou...