domingo, 28 de setembro de 2008

O que me vai (foi) por dentro

A virtude, a imperfeição,
A coincidência, o transbordar do garrafão.
Raiva e Revolta! Pecado Original.
Confissões da vida,
Desculpas, discussão!
Motim (mais uma e outra vez)! Combustão!
A palavra imortal, o pecado original.
Queimadura fatal,
Fala, Grita, Não Cales!
Não ignores!
Tu! Ele! Todos nós! Todos vocês...

Cobardes da sociedade,
ovelha negra da humanidade!
Torna-te, transforma-te, Sê!
deixa brotar esse homem super que jaz no profundo,
deixa secar essa pinga de vergonha, limpa.
Vislumbrar esse fragmento que ocultas, onde um dia pessoa foi.
mostra ao mundo, revela o real,
Sê!
A ti próprio leal, falsa felicidade,
estranho são os factos da realidade.

Máscara de podridão.
Janela selada...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Fénix

Muitas vezes penso pensar,
saltar por esta janela fora, abrir as asas e voar
Como alguém fez outrora, sem receios, sem medo!
Como Fénix, acabada de renascer,
das profundezas do meu ser
Ser alguém por ai, alguém, outro alguém....
Não ter escolhas ou decisões,
responsabilidades, apenas ilusões...

11-10-07

Devaneios da mente

Vejo nuvens, tema de mar azul profundo.
Conflitos internos em externos se tornam.
Canso, retorno, queimam.
Estado "real" evolvo-me nestas miragens, nuvens de algodão amargo e salgado pelo tempo.
Seca-me a vida, torno-me espectro, fantasma por passatempo.
Acto ausente, cair do pano, cicatriz presente, toalha ao chão, ferida latente.
Urna que rebenta, rasgado o estandarte, espalhado por toda a parte, dividida pelas vias, duvida de não saber qual tomar, por onde dever navegar.
As que penso certeza querer, cortam, quebram, não há mais por onde escolher.
Porque hoje acordei em fúria, num grito que acredito preferires não escutar.
Onde escolhes a via da solidão, onde preferes não voar.
Deixa-me apaziguar teu ser no miradouro para os Elísios...
Para o éden, encontra o tesouro, para o futuro, para um novo mundo onde me vejo contigo mirando o céu de nuvens,
Tema de mar, azul profundo...

Olho ao espelho e imagino

Ouso questionar,
quando chegares, bem lá a cima, ao topo de tudo o que finito parece ser...
Que farás?
Que recordações permanecerão do teu "eu" arcaico?
Ouso (tentar) replicar...

Subir um pouco mais, até o céu acariciar.
Roça-lo suavemente com a palma da mão, querer ao infinito chegar!
(E) Quando finalmente não mais rocha houver para galgar,
quando parecer não mais me poder elevar.
Eu elevar-me-ei mais...

Até que abrindo os braços ao seu máximo expoente,
simplesmente, deixar-me cair...
rever tudo por que lutei,
tudo por que passei.

Pairando, planando por um curto ápice de tempo... por breves instantes.
Momentos, pensamentos que outrora sonhei.
Experiências, vivências em que outrora mudei.
Relembrando (constantemente) que vivi, que esqueci, que cai e me ergui.

Onde presenciei momentos merecedores de rei, dignos de homem comum.
Onde sofri, onde amei, onde sorri, onde lutei...
O testemunho que espero deixar a quem ele agradar,
a quem nele quiser pensar...

Ou então não...
Talvez não passe de mero texto sentido de alguém que pensa ser um dia grande não passando de normal mortal que um dia sabe poder ganhar asas e voar...
não sendo preciso apenas deixar-me cair...

Abrir bem as asas e elevar-me mais alto!
Voarei, sim voarei!
Ou talvez não... talvez não...

06-04-08