quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Olho ao espelho e imagino

Ouso questionar,
quando chegares, bem lá a cima, ao topo de tudo o que finito parece ser...
Que farás?
Que recordações permanecerão do teu "eu" arcaico?
Ouso (tentar) replicar...

Subir um pouco mais, até o céu acariciar.
Roça-lo suavemente com a palma da mão, querer ao infinito chegar!
(E) Quando finalmente não mais rocha houver para galgar,
quando parecer não mais me poder elevar.
Eu elevar-me-ei mais...

Até que abrindo os braços ao seu máximo expoente,
simplesmente, deixar-me cair...
rever tudo por que lutei,
tudo por que passei.

Pairando, planando por um curto ápice de tempo... por breves instantes.
Momentos, pensamentos que outrora sonhei.
Experiências, vivências em que outrora mudei.
Relembrando (constantemente) que vivi, que esqueci, que cai e me ergui.

Onde presenciei momentos merecedores de rei, dignos de homem comum.
Onde sofri, onde amei, onde sorri, onde lutei...
O testemunho que espero deixar a quem ele agradar,
a quem nele quiser pensar...

Ou então não...
Talvez não passe de mero texto sentido de alguém que pensa ser um dia grande não passando de normal mortal que um dia sabe poder ganhar asas e voar...
não sendo preciso apenas deixar-me cair...

Abrir bem as asas e elevar-me mais alto!
Voarei, sim voarei!
Ou talvez não... talvez não...

06-04-08

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