domingo, 14 de dezembro de 2008

Visto ao espelho...

Ventos mirabolantes erguem-se contra ti,
Neste esquema mesquinho, vida...
Onde o tempo é dono e senhor...

Contratos aos quais este tempo não paga..
Penhor de reembolso falivel,
Ladrão de coração...
Restando apenas jackpot impossivel.
O qual raros são os que se atrevem nele arriscar.

Num oceano de piratas de engano onde traição é o prato do dia,
juntamente com uma pitada de mentira e desilusão,
o jogo tradicional...

Criada a própria ilusão navegas com 180 graus de erro...
Onde continuas para bem longe...
Onde patas enlameadas te arrastam para o fundo,
Onde a areia movediça na qual te enterras... é gerada comente por ti!

Fazes-te mal! A maior falha és tu!
Qual rochedo,
qual estátua tão pormenorizadamente talhada.
Onde algo tão simples como água instantes breves após penetrar quebra a mais dura das carapaças, agora inanimada...

Partido e espalhado pelo deserto encontram-se cinzas de alguém...

Esperar pelo dia em que chuva e sol que te façam uma noite regressar,
erguer e gritar à lua cheia (de desespero)
e aclamar para que tudo se possa maravilhar e enojar com o que te faz mover!
Com o que te faz viver!

A este arco-íris de lágrimas,
a este espectro de promessas poucos são os que optam por seguir
e descobrir que no fim apenas se encontra algo de sublimes intenções...
E descobrir aqela coloração tão magnifica que se estende pelas longas planicies do caracter que pensas todo o dia reconhecer... toda a noite ver...

O azul...

Falhaste o momento,
(Agora cai no infinito buraco do esquecimento!
Agora...Aguento!)
Epifania que surge tarde de mais...

Aquela melodiosa voz que te ecoa no tímpano?
Aquela que deixaste escoar pelo cano temporal,
qual fumo que se dissolve céu acima,
qual engodo que te leva em direcção ao anzol...
o qual mordes sabendo que com efémera felicidade vem eterna e obscura realidade!

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